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Resenha: A máquina de contar histórias (de Maurício Gomyde)


“(...) No fundo, as pessoas não compram autores, não compram livros. Compram a emoção que a história promete proporcionar. O que cada leitor quer é, durante a imersão no mundo criado pelo escritor, esquecer-se dos problemas, angústias e tragédias do dia a dia. Ou, ainda que por alguns instantes, experimentar uma vida diferente da sua realidade.”

Com essa citação do livro, dá para se ter uma ideia do quão especial ele é. Exatamente como citado pelo autor, “A máquina de contar histórias” é um livro que faz com que o leitor esqueça os problemas enquan ela confiança e carinho da filha, juntamente com a tentativa de superação pela perda da esposa. Comovente, e com muitas lições para a vida, esse livro fez de mim uma pessoa melhor.


Cada capítulo contém uma emoção diferente, e um ensinamento que por mais simples, acrescenta algo como reflexão. A essência da história já remete pensar em como perdemos tempo com coisas fúteis, deixando de lado o mais importante, que é a família, o amor e a confiança das pessoas que amamos. Como encarar a morte e o arrependimento de não poder ter feito melhor para a pessoa que se foi. Entre tantas outras coisas que o livro deixa como questionamento para que se pense na vida e no valor das coisas.


O personagem da história busca todo tempo a confiança de alguém que ama, acreditando merecer uma segunda chance. Todos nós merecemos uma segunda chance, independente do que fez com que a primeira tenha sido perdida. O fardo do arrependimento foi o preço pago para que o escritor ganhasse como recompensa, outra chance para reconquistar sua filha, e assim deve ser feito. A segunda chance é um prêmio que todos têm o direito de ganhar, afinal, o velho clichê “errar é humano” não existe sem ter motivos. O erro é inevitável em muitas circunstâncias, mas o que fazemos para concertá-lo é o que vale para que a recompensa de mais uma chance seja dada.


“(...) Gosto da ideia de saber que a forma como enxergamos as coisas é fruto do tanto que a gente aprendeu até ali. De não existir o certo e o errado, apenas o que se apresenta aos olhos de cada um. As gerações vêem de forma diferente as mesmas coisas, e, como diz o velho sábio, enquanto cada um cumprir o papel que lhe cabe, todo mundo terá razão.”


Com citações e reflexões incríveis, Maurício Gomyde transforma tudo aquilo que ele relata, em realidade. Toda a intensidade com que as personagens vivem o drama da morte de uma pessoa querida, e a forma como um pai busca desesperadamente a confiança da filha, é algo que pode ser vivido por qualquer pessoa. E, acima de tudo e de todas as lições, o que mais importa é que o amor é o que há de mais forte e poderoso dentro de qualquer pessoa. Com o amor, tudo pode ser conquistado, e é por ele que se luta. No final, o amor é o que mais vale a pena.


“A primeira letra... O ponto final... No meio, os caracteres e os espaços em branco que, por mágica, amarram as duas pontas. A escolha das palavras, a pontuação e a sequência das ideias em cada página. Decisões. Amor recontado entre as aberturas e fechamentos de capítulos, por quem cedeu à tentação de se entregar. Infinitas possibilidades de entendimento, inúmeras histórias em uma só. Aquele foi o caminho trilhado, mas o que viria a seguir? Pouco importava, estradas sempre mudam. Os três só tinham uma certeza: aquela havia sido a jornada mais perfeita que jamais poderiam ter vivido...”

E aí, ficou curiosx para conhecer a história? Garanto que vale a pena! Então #Partiuleitura


Por: Gabriela Cunha

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