top of page

A informação a favor da prevenção - a questão do suicídio

‘13 Reasons Why’ tem trazido à tona, uma discussão que há muito havia sido deixada de lado, principalmente por ser considerado um tabu: o suicídio. Segundo a psiquiatra Dra. Maria Cristina De Stefano, produções como a série são importantes para criar um senso crítico e fortalecer discussões lúcidas a respeito do assunto. “Há muita necessidade de mudar os mitos e preconceitos a respeito do suicídio. Precisamos informar tanto sobre os comportamentos suspeitos, como as maneiras de prevenção, através de informações éticas para mudarmos comportamentos como desprezar pessoas deprimidas ou taxar sofrimento emocional como frescura”, esclarece a médica.


A série americana é baseada no livro 'Thirteen Reasons Why', de 2007, de Jay Asher, e adaptado por Brian Yorkey para a Netflix. A história gira em torno de uma estudante que se mata após uma série de falhas seguidas, provocadas por pessoas de sua escola.


Vale citar também o polêmico ‘Jogo da Baleia Azul’. Para a psiquiatra, isso não é novidade, o que acontece é que os jovens agora têm mais acesso. “Sempre houveram esses jogos de seitas perversas e ameaçadoras de punição, autoagressão, exclusão e morte. O que não existia era a internet, e as vítimas são os sugestionáveis, os impressionáveis e, principalmente, os deprimidos”, explica.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa se suicida no mundo a cada quarenta segundos. “Isolamento, mudança de rotina, dependência química, desesperança, desespero e as desilusões com a vida são os principais sintomas de um jovem que está pensando em suicídio”, alerta a psiquiatra.

Stéphanie Borin

Ainda segundo a OMS, 9 em cada 10 casos são preveníveis, por isso a importância da atenção aos sinais que o possível suicida dá. Maria Cristina aconselha que a família e os amigos mantenham conversas com esse jovem, sem questionar ou julgar as causas, mas falando sobre o sofrimento que a pessoa está sentindo, além de incentivar a busca de ajuda com um psicólogo ou psiquiatra, por exemplo. “O diálogo sempre foi e sempre será a ferramenta mais importante para a prevenção”, orienta a médica.

Maria Cristina perdeu o filho Felipe para o suicídio em 2012 e desde então vem fazendo um trabalho de prevenção. Entre as ações, está a publicação do último, dos cinco diários, que Felipe deixou antes de se suicidar. Para conhecer um pouco mais da obra, clique aqui.


O Centro de Valorização da Vida (CVV) é um dos principais órgãos de ajuda a quem está se sentindo deprimido. As pessoas podem ligar ou entrar em contato via chat online a qualquer hora do dia para conversar. Os voluntários são treinados para que o atendimento e a conversa sejam eficazes na prevenção do suicídio. Conheça o trabalho do CVV clicando aqui.



Por: Stéphanie Borin

Posts recentes
  • Facebook - Black Circle
bottom of page